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tudo que se pode ver ao longe

Tudo que se pode ver ao longe é um trabalho que tensiona os limites da fotografia e do desenho ao extrair da imagem representacional outras camadas de sentido e visualidades. A partir de duas fotos, realizada nas extremidades opostas da geografia da cidade, uma ao sul e outra ao norte, traço uma linha no limite que separa céu e terra na própria imagem fotográfica. Esta então é deixada de lado, restando apenas duas linhas de horizonte que são grafadas sobre placas de acrílico pequenas e sobrepostas sobre um retroprojetor antigo.  Num encontro entre o céu e a terra, a oposição entre norte e sul perde sentido ao assumir a direção da proximidade. Sob o alcance de nossos olhos, essas linhas aproximam os horizontes até então distantes nos colocando diante do que antes estava longe. Tudo que se pode ver ao longe se revela então como um paradoxo de proximidade, um convite a se projetar dentro e para além do que nossos olhos tendem a alcançar.

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